Implante de imã de neodímio na ponta dos dedos.
Hackeando o próprio corpo, os Biohacking ou Biohackers inserem imãs em sim mesmo.
AVISO Este dispositivo é definitivamente uma coisa perigosa. Este dispositivo não foi testado ou certificado por nenhuma agência reguladora para implantação ou uso dentro do corpo humano. O uso deste dispositivo é estritamente a seu próprio risco.
No geral, esses implantes são feito em algum dos dedos, e os biohackers alegam que passam a ter um “sexto sentido”, pois conseguem, por exemplo, perceber com o corpo quando um dispositivo eletrônico está ligado, devido à vibração.
Alguns implantes de imãs de neodímio são feitos por conta própria, por quem se contenta com a inserção de imãs poderosos sob a pele, permitindo que os biohacking sintam ondas eletromagnéticas.
O ímã em questão é o imã de tamanho 3mm x 1mm com um revestimento patenteado por uma empresa com Sede em Seatle, o m31, produzido pela Dangerous Things. Diferente de outros ímãs comumente utilizados em implantes, o m31 é revestido de nitreto de titânio, que é considerado um material que você pode utilizar para cobrir uma peça que será inserida no corpo humano. Silicone exige um revestimento grosso demais, Parylene C é um tanto sensível e PFTE se desgasta rapidamente. Nitreto de titânio é uma substância biocompatível, durável e que oferece um bom nível de proteção com uma camada finíssima de revestimento.
Tem um vídeo de youtube onde é feito o implante do imã por conta própria, Peyton Rowlands, de 19 anos, é um deles. Ele documentou em vídeo todo o processo do implante (assista se aguentar ver sangue e cortes, esteja avisado), feito por ele mesmo em casa, sem anestesia, submergindo o dedo em gelo por cerca de 15 a 20 minutos antes de realizar a incisão e posicionar o ímã de neodímio por sob a pele. https://www.youtube.com/watch?v=BRKqUqrkeR8
Apesar de ser um procedimento bem mais invasivo e doloroso do que o implante de um chip, a cirurgia para a inserção do ímã é bem rápida. Primeiramente, a peça fica mergulhada durante uns vinte minutos em uma solução esterilizante de álcool isopropílico e gluconato de clorexidina (submeter o m31 em um aparelho de autoclave destruiria suas propriedades magnéticas).
Caleb Nelson, de 20 anos, já está em um estágio mais avançado do que Peyton. Graduando em ciência cognitiva, ele tem um implante magnético em seu dedo há 10 meses, e diz que, como pesquisador, está muito interessado em entender como o cérebro incorpora novas sensações e informações sensoriais. “De um ponto de vista subjetivo, o que eu consegui melhorar bastante foi o meu entendimento de como o magnetismo funciona. Uma coisa é aprender sobre isso na teoria, e outra completamente diferente é ser capaz de estender a mão e efetivamente sentir campos magnéticos”, conta ele. Outra vantagem é conseguir saber se um dispositivo eletrônico está ligado sem precisar nem mesmo conferir a luzinha do LED – o dedo com o ímã de neodímio dá a dica de quando há ou não eletricidade circulando.
Uso Banal
Pescar objetos metálicos com maior facilidade. Esse poder de “Magneto da vida real” pode ser aplicado em brincadeiras inocentes ou em situações realmente necessárias sabe quando você tem dificuldades para segurar aqueles parafusos minúsculos na hora de consertar algum dispositivo eletrônico?
O ímã de tamanho 3mm x 1mm é bem pequeno, mas forte o suficiente para levantar uma pequena tesoura cirúrgica.
Aplicação na Medicina
Pode parecer um experimento maluco, como se fosse uma nova modalidade de modificação corporal, mas o que esses biohackers estão tentando fazer pode ser uma realidade em breve. Inserir objetos debaixo da pele é algo que os praticantes de body modification já fazem há um bom tempo, existe potencial para o desenvolvimento de dispositivos subcutâneos para ajudar no monitoramento de pacientes, na administração de medicamentos de forma constante e controlada e até no armazenamento de informações sobre o perfil do paciente para o caso de ele ficar inconsciente. “Com a robótica e a nanotecnologia evoluindo cada vez mais, diferentes tipos de dispositivo poderão ser produzidos e implantados em curto espaço de tempo”.
A assistência de um profissional de modificação corporal ou por conta própria, não são recomendados pelos médicos. A possibilidade de vazamento de componentes químicos. A inclusão de um material que não atenda às especificações de segurança dentro da medicina pode levar a infecções, que, se agravadas podem requerer a retirada do material. A cicatriz, no entanto, dificilmente desaparecerá.
